Ela chegou devagar, desconfiada, olhando e examinando tudo com olhos atentos e luminosos. Ela veio de longe e logo me conquistou. De imediato estabelecemos um diálogo, embora não falássemos a mesma língua. Na verdade não era justo, pois ela me entendia quase completamente e eu não sabia uma palavra da língua que ela falava, mas mesmo assim batemos altos papos. Seu olhar curioso não deixava escapar nada em volta. Então ela foi ficando por ali, preenchendo meus minutos e horas completamente.
Em pouco tempo já estava íntima da casa e sabia onde ficava o que lhe interessava. No café da manhã adorava sucrilhos. Na verdade a qualquer hora do dia. Por vezes me fazia pergunta na sua língua com uma cara que me deixava intrigado. É que eu não sabia direito se era uma pergunta para saber se eu estava entendendo da forma que ela estava ou se ela estava só querendo se informar. Lembro da hora em que liguei a televisão pela primeira vez. Seu rosto irradiou uma alegria que não entendi. Olhava para mim e falava rápido o que parecia uma explicação do que via. Helena veio para ficar e para mim ela poderia ficar o tempo que quisesse.
Em pouco tempo já estava íntima da casa e sabia onde ficava o que lhe interessava. No café da manhã adorava sucrilhos. Na verdade a qualquer hora do dia. Por vezes me fazia pergunta na sua língua com uma cara que me deixava intrigado. É que eu não sabia direito se era uma pergunta para saber se eu estava entendendo da forma que ela estava ou se ela estava só querendo se informar. Lembro da hora em que liguei a televisão pela primeira vez. Seu rosto irradiou uma alegria que não entendi. Olhava para mim e falava rápido o que parecia uma explicação do que via. Helena veio para ficar e para mim ela poderia ficar o tempo que quisesse.
Em uma manhã fria, não muito típica do Rio, ela se foi. Se foi assim como chegou, sem avisar. Olhou nos meus olhos e disse “tchau”, assim com sotaque nada carioca que só ela podia dizer e me beijou no rosto. Eu me segurei para não me emocionar. Minha última visão foi ela caminhando em direção ao taxi de mãos dadas com o pai. Parou, se voltou e deu adeus com aquela mãozinha. Enquanto o taxi se afastava e Helena com os olhos fixos em mim, não pude deixar de pensar quando seria a próxima vez que eu a veria. Talvez nunca, mas aquela menina que veio de longe, linda, meiga e ingênua iria crescer e talvez perder todo aquele encanto, mas na minha lembrança ela ficaria intacta. E eu ia querer que fosse sempre assim para não perder o encanto. “Tchau” Helena!
Nunca vi criança tão comportada e obediente. Costume que anda em falta entre as crianças brasileiras...rs! Que Deus abençoe Helena! Beijos.
ResponderExcluirOi Fernando, com certeza Helena lhe entendeu muito bem, nao tenho duvidas. Como voce sabe, mulheres gostam de deixar-mos com duvidas...
ResponderExcluir@Vitor: nao esqueca Helena tambem e Nordestina e o Nordeste e o meu Pais ;-)
http://cartunistasolda.blogspot.com/2008/01/o-nordeste-o-meu-pas.html
saudades de 1 cervejinha e um bom papo furado ate breve.....