domingo, 15 de novembro de 2009

Registros do Cotidiano em tempo de twitter

Afastado por estar momentaneamente envolvido em outros afazeres, volto em um texto curto, prometendo logo, logo ficar aqui mais vezes.

Carlos Carvalho ..... a novela "Viver a vida" devia se chamar "Viver a desgraça!". Temos uma tetaplégica, uma alcoolotra e dez chifudos. E não estou falando daqueles posts no final de cada capítulol. É muita desgraça junta, não?
(Texto baseado em uma frase de José Simão)

domingo, 25 de outubro de 2009

Porque será?

Quero tomar coragem e enviar para a produção da novela “Viver a Vida” de Manoel Carlos, que passa na TV Globo por volta das 21:00 horas, um depoimento a ser utilizado na novela no final de um capítulo. O texto diz o seguinte:

Meu nome é Carlos Alexandre, tenho 35 anos, sou divorciado, um filho com oito anos e me dou bem com a minha ex. Não sofri acidentes nem passei por situações que tive que ter uma superação. Passei vários momentos na minha vida em que tive de apelar para a minha força de vontade e motivação afim de alcançar meus objetivos. Não sou rico, trabalho para pagar as minhas contas e viver dignamente. Estudei muito para chegar aonde cheguei e preencho minha vida com tudo aquilo que sempre sonhei ter e busco mais. Procuro ser o melhor pai do mundo para meu filho educando e preparando-o para esse mundo real. Pretendo comprar um imóvel onde sempre sonhei morar. Estou sempre ajudando meus familiares, amigos e até pessoas que nem conheço, pois possuo condições financeiras para isso, mas tenho que confessar que poderia fazer muito mais. Sou feliz!

O que acham? Será que eles aceitarão e colocarão o texto no ar?

Na verdade isso é uma crítica a essa prática que Manoel Carlos iniciou na novela anterior e continua a fazer nessa. Os textos são “”” chaaatos”””, sempre falando coisa parecida. Se ainda fossem alguma coisa interessante como a senhora que confessou ter se masturbado e gozado ao ouvir a música do Roberto podia ser. A senhora em questão foi execrada pela sociedade, perdeu o emprego e sofreu toda espécie de perseguição só porque falou o que sentia e que muitos fazem escondidos.
Pobres hipócritas!

(A velha babada)

(Assista o vídeo. É só clicar)

Sou radicalmente contra os textos ao final de cada capítulo, mas se tem que existir aqueles textos “””” chaaatos”””, que sejam pelo menos criativos e diversificados e coloquem por favor um pouco de humor. Sempre apelam para o triste, o sofrido e a superação. São lindos, mas chega!

Como o povo gosta de uma história triste!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Rio de Janeiro! Você não vale nada, mas eu gosto de você......


Todo esse noticiário sobre a violência no Rio de Janeiro, neste último fim de semana – tudo aconteceu aqui bem perto e pude ouvir todo o tiroteio, tendo inclusive a rua em que moro ficado interditado para tráfego durante todo sábado – lembrei de algumas situações que passei que me puseram bem perto de uma favela.

No final dos anos cinqüenta meu pai, minha mãe, um irmão, uma irmã e eu viemos de Recife para o Rio de Janeiro em um navio Ita. Ita era a abreviatura da Companhia de navegação ITA e o navio que eu vim chamava-se Itacuruça. Como se diz: “Peguei um Ita no norte”!
Aqui ficamos hospedados na casa de uma prima no pé do moro de São João. Nas tardes quentes, ficávamos ali brincando e interagindo com o pessoal. A minha lembrança dessa época é a melhor possível. Eu tinha seis anos e as minhas primeiras amizades foram com alguns garotos da redondeza. Lembro até hoje de tia Nanci, que me adorava e durante muito tempo me visitou onde eu morava. Um dia sumiu e alguns dias mais tarde, soubemos que tinha morrido. Foi talvez minha primeira perda.Chorei muito!

Bem mais tarde uma tia de Recife veio ao Rio. Ela queria visitar uma antiga empregada e então procuramos por toda a favela do Esqueleto (esta favela ficava onde hoje fica a UERJ). Foi difícil e no final da tarde encontramos. Passamos o dia todo lá, almoçamos e o pessoal nos tratou bem e parecia que nos conhecia.
Outra vez, essa mesma tia queria encontrar um amigo que morava no fim da Rua Leopoldo, isto é, favela. Dessa vez, lembro de ter visto pessoas mal encaradas nos observando enquanto subíamos e para ir embora o filho da senhora teve que nos levar até lá embaixo. Espécie de escolta.

Bem mais recentemente, aceitei o convite de uma senhora faxineira do trabalho para uma feijoada na casa dela. Visual bonito da laje onde foi feito o almoço, mas tive que subir com ela, na hora marcada, para não nos perder e para o “pessoal” saber quem eu era. Foi recomendado não me afastar, nem conversar com qualquer um. Apesar de toda alegria e descontração, sentia uma espécie de medo no ar. Claro que para ir embora o filho dela me levou até o pé do morro.

É isso aí! A vida muda e as favelas também. Lá moram pessoas excelentes, mas viver perto delas é um perigo. Longe também. Nunca sabemos o que pode acontecer. É perigo constante. Aquele tempo do filme “Orfeu do Carnaval” não existe mais mesmo. Lembra muito uma roleta russa quando chego em casa de madrugada e nada me aconteceu. Parece que a qualquer momento podemos ser penalizados por teimar em viver no meio desse “stress”. Não me perguntem a solução, não sei!



Tal qual quando trabalhamos em um lugar perigoso e recebemos uma bonificação por “periculosidade”, deveríamos receber também o mesmo por morarmos aqui, enquanto as autoridades permitirem essa situação. Nem toda beleza natural paga o “stress” do simplesmente viver assim. Praias, Pão de Açúcar, montanhas, mar, mas .......

É que nem os versos daquela música:

“Você não vale nada, mas eu gosto de você....
..... e eu queria saber por quê?”

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

TARCISIO MEIRA TRANSA COM BETTY FARIA


Calma! Isso é apenas uma manchete divulgando novela da época, de uns trinta anos atrás, na revista Melodias.

Naquele tempo, era comum colocar nas manchetes das revistas não os nomes dos personagens que eram vividos nas telas e sim os nomes dos atores vivendo as ações dos seus personagens.

No final de semana passada, passeando por Petrópolis, vi a seguinte manchete sobre a novela “Viver a vida” de Manoel Carlos, em uma banca de revista: Miguel (Mateus Solano) mata Jorge (Mateus Solano) em defesa por ciúmes de Luciana (Aline Moraes). Miguel e Jorge são gêmeos na novela.

Fiquei pensando como ficaria a manchete se ela fosse dada a uns trinta anos atrás:
"Mateus Solano mata Mateus Solano em defesa por ciúmes de Aline Moraes".

E isso aí? Estranho né?

DIVULGANDO PELA INTERNET

Ontem acordei com um telefonema do meu irmão me dizendo para eu acessar o site do CBN, pois um pedaço de um “post” publicado no meu blog, estava reproduzido em uma reportagem do Max Gehringer. Não acreditava no que estava ouvindo, fui lá verificar e vi que, palavra por palavra, parte do meu “post” estava reproduzido integralmente. Só mudava em dois pontos: o número de meses e o cargo da pessoa do meu exemplo.

Como sempre acontece, isso me abriu os olhos e passei a prestar atenção nas notícias a esse respeito e então descobri coisas de estarrecer. Sei que a internet é livre e que esse tipo de apropriação pode ocorrer, mas não pensava que estivesse tão disseminado.

Nada disso é novo. Todos sabemos que colegas ou amigos de amigos, pegam na internet parte ou até mesmo um trabalho inteiro de mestrado, MBI, etc, e com pequenas modificações ou as vezes nenhuma, apresenta como sendo seu. Quando eu trabalhava na Varig, por volta de 2004, um setor da empresa apresentou para nós da informática, um jovem que para eles era um gênio. O jovem fazia pequenos sistemas de uso local na Web, para atender necessidades específicas do setor com muita rapidez. O gerente só nos procurou, pois precisava obter informação do nosso Bando de Dados. Tivemos de entrar no circuito e descobrimos que o jovem acessava alguns sites e roubava sistemas inteiros de outras empresas aéreas e o apresentava como sendo seu. Não preciso dizer que isso acabou na polícia, mas não deu em nada por questão de legislação.

Que isso pode ser terrível para setores acadêmicos, onde é difícil verificar a fraude, eu tenho certeza. Recentemente, uma tese de Mestrado foi cancelada (não sei se esse é o nome certo), pois foi descoberto que ela reproduzia integralmente uma tese de um professor feita em 2001. Só foi descoberta porque o professor que teve a tese reproduzida fazia parte da banca e preparou tudo para surpreender o candidato. Terrível não é?

E nós, escritores de horas vagas ou de todas as horas, como ficamos nisso? E o direito autoral, registrado no Ministério da Cultura nos protege? São perguntas que faço e não tenho uma boa resposta. É divulgado que os grandes escritores, roteiristas de novela e cinema, por contrato, não podem ler sinopses. E nós, que precisamos ardentemente mostrar nossos trabalhos como ficamos? Queremos ser lidos, queremos ser descobertos e como eles vão acreditar no nosso talento se não lerem nossos trabalhos? O que nos resta é utilizar a internet.

São casos e casos. No caso da reprodução da tese de mestrado, pau nele. No caso do analista de sistemas fajuto aplique-se a lei. E no caso da reprodução do meu post nada podia ser feito e mesmo assim para mim isso mostrou que tenho algum talento, mas claro que foi uma apropriação indébita. Não concordo com isso, mas a internet é um território livre e sabemos que uma vez lá, esse tipo de crime não pode ser evitado. Já vi vários temas colocados por nós, nos nossos blogs, sendo abordados com muito mais profundidade e riqueza de detalhe pelos sites da Globo, Record, e outros. Eles bebem na nossa fonte e como tem muito mais poder financeiro e recursos desenvolvem melhor a idéia, transformando-as muitas vezes em reportagens veiculas nos canais de TV. Somos fontes para esses sites sem ganharmos nada em troca.

Então só nos resta seguir em frente tentando mostrar nosso talento e ser visto por quem interessa, mesmo que utilizando a internet, corramos o risco de ter nossa obra apropriada indevidamente.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Não é um desabafo?

O tempo passa rápido, sabemos, e ontem vi que estou há um ano desempregado. Tirando um trabalho aqui, outro ali e uma colocação de prestação de serviço em uma empresa de seguros, que durou quase dois meses no inicio desse ano, estou em uma busca incessante e porque não dizer, infrutífera por um trabalho, preferencialmente na minha área: Analista de sistemas Mainframe.

Se isso parece um desabafo, pode ser. Se for, não é um desabafo qualquer. É um desabafo consciente, onde busco entender por que isso acontece, que mecanismos existem para que uma pessoa que tem formação universitária, duas pós-graduações, que trabalhou em grandes empresas em cargos de destaque como gerente e líder de equipe, tomando decisão e considerado “key position”, além de ter inglês fluente e espanhol aprendido na Casa de Espanha, não consegue uma colocação.

Quando mostro meu currículo o comentário é que ele é muito bom e por isso não devo aceitar qualquer colocação. Minha pergunta é: bom para quem, se não consigo nada? Para vocês terem noção do que eu digo vejam a seguir. Em uma entrevista de emprego na fase final, em uma empresa de telefonia móvel, para o cargo de gerente de projetos de informática, deu-se o seguinte diálogo entre mim e o gerente da área:

o Bem Sr. Carlos. Nós estamos fechados e o Sr. é o candidato que escolhemos. Falta só preencher essa ficha e iniciaremos o processo de admissão. Vejamos, qual a sua idade, por favor?
o Quarenta e nove anos (notem que eu disse dez anos menos da minha idade real).
o Quarenta e nove, é isso?
o É
o Eu pensei que o Sr tivesse um pouco mais de 40 anos (quem me conhece sabe que pareço bem menos idade do que realmente tenho) por causa do seu email
carlos38@.... .
o Eu tenho um pouco mais do que isso.
o Bem! Eu vou conversar com o meu diretor e depois entramos em contato. Boa tarde!
o Boa tarde.

Não é preciso dizer que esse contato nunca ocorreu. É! A questão é a idade. Como sabemos a nossa cultura não privilegia, em geral, e principalmente, profissionalmente, pessoas após determinada idade. Salvo profissões autônomas e altos cargos nas empresas, a idade não muito avançada (após 45 anos) é um cartão vermelho. É um paradoxo, pois cada vez se vive mais e a população com mais idade aumenta.

Na novela “Caminho das Índias”, atual folhetim das nove horas da TV Globo, vemos que nos países asiáticos, no caso a Índia, a cultura considera as pessoas idosas como um tesouro, pelo conhecimento e o que representam. Não vivemos na Ásia então.............

Preciso mostrar que devemos mudar esse paradigma, mas primeiro é preciso encontrar uma trabalho, mesmo que não seja na minha área profissional. Para isso, uso todos os meios que tenho, inclusive esse blog: internet (lista de amigos, sites especializados,etc), rede de amigos, conhecidos, parentes, anúncios, etc., mas está difícil.

Financeiramente não estou mal, o que ganho com a aposentadoria (sim... estou aposentado após mais de 38 anos contribuindo para o INSS) dá para viver modestamente já que moro em imóvel que não pago aluguel e tenho alguma poupança. No entanto isso melhoraria muito se pudesse ter uma colocação que me permitisse ter um ganho mensal maior.

No fundo, no fundo o caso não é exatamente esse. É o fato de ser uma pessoa plenamente capaz de desenvolver uma atividade, e ter uma consciência de ser útil ao meio em que vivo e por mim mesmo, capaz de prover e satisfazer minha existência.

Claro que desenvolvo atividades paralelas para ocupar o tempo ocioso como: estudo para concurso (estou começando a acreditar que essa é a única saída), pinto quadros abstratos, escrevo roteiros e contos esperando alguém reconhecer o valor e canto, embora essa é uma das atividades que menos exerço atualmente. São todas atividade paralelas, que não trazem ganhos, pelo menos atualmente, mas preenchem o meu espaço vazio.

Emocionalmente estou bem comigo mesmo e com quem está ao meu lado e isso é a melhor coisa que tenho. No mais é seguir, não se deixando abater jamais, kkkkkkk.

O trecho da música “Guerreiro menino (um homem também chora)“ abaixo, de Fagner, mostra condensadamente tudo o que eu quis dizer:

.......
seu sonho é sua vida e a vida é o trabalho

e sem o seu trabalho um homem não tem honra

e sem a sua honra se morre se mata
........

Realmente é um desabafo. Ninguém é perfeito........

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Fotografia

Máquinas analógicas X Máquinas digitais














Sou do tempo das máquinas fotográficas com filme de papel. Nenhuma vantagem, pois praticamente todos são. As máquinas digitais são recentes e a geração pós ainda são pequenos. Sempre gostei de fotografia e certa época eu achava que era o fotógrafo oficial da família. Cheguei a ter um equipamento muito bom, uma máquina Canon com lentes de “zoom” e “grande angular”. Me orgulhava das fotos que tirava e não me importava de andar com uma pesada bolsa a tiracolo. Desisti de tudo no dia em que, respaldado por excelentes fotografias tiradas na ocasião da formatura da minha sobrinha, fui convidado a tirar as fotos de formatura de outra sobrinha. No grande dia, devidamente posicionado, fiquei apavorado ao ver que alguma coisa não funcionava bem com a máquina. Por mais que eu mexesse não conseguia concertar. Então, fiz o que devia ser feito. Contratei um dos fotógrafos presentes para tirar as fotos que não conseguia e ninguém entendeu nada. Ainda bem que agi assim. As fotos que consegui tirar com a minha máquina ficaram horríveis. Coisas que acontecem. A máquina eu joguei no fundo do armário e ainda está lá.

Esse final de semana fiquei horas vendo, junto com alguns familiares, fotografias antigas de parentes que nem cheguei a conhecer. Ri muito, pois algumas das fotos eu mal podia ver o rosto. Fotos em preto e branco pequenas, sem nenhum atrativo mostravam pessoas em passeios, casamentos, batizados, aniversários, etc. Fotografia era muito caro na época e então só fotografavam ocasiões especiais. Os fotografados vestiam suas melhores roupas e faziam pose. Me diverti muito, pois tinha algumas fotos boas e outras que se fossem tiradas hoje, seriam descartadas com certeza. Aí fiquei pensando que com a chegada das máquinas digitais ganhamos algumas boas coisas tipo: as máquinas são fáceis de operar, as fotos ruins são imediatamente descartadas, as boas estão disponíveis imediatamente e podemos enviá-las para pessoas distantes facilmente. Mas o que mais importante, hoje é muito barato fotografar.


É, mas nem tudo são flores. Muitos devem lembrar como ficávamos eufóricos quando íamos buscar as fotos reveladas e, ali mesmo, sem esperar chegar em casa, ficávamos folheando as fotos, relembrando o acontecimento, felizes e satisfeitos com as boas fotos e reprovando as que não estavam legais. Ou então quando fazemos uma tarde de fotos antigas e aquilo se transforma em um acontecimento, envolvendo todos. Eu mesmo tenho, na minha casa, vários porta retratos e painéis com fotos que tento, sem grande sucesso, manter atualizado. Era mais fácil no passado. Agora tenho que selecionar, em “milhares de fotos” que estão no computador, qual a que vou revelar e aí as coisas terminam não acontecendo. É como se a fotografia perdesse um pouco a importância, pois tiramos milhares de fotos em poucos instantes.

A evolução tecnológica vai existir sempre e a tecnologia, dizem, vem para nos ajudar e facilitar a nossa vida. É mais do que isso. A evolução da tecnologia trás mudanças de costumes e a maneira com que interagimos com o meio a nossa volta. Sou da geração do papel, do tátil e quando o assunto é virtual, não fico muito à vontade, mas não dispenso computador por nada. Assim, tento unir o que há de bom na nova tecnologia ao que acho que é bom na velha.

Meu neto não é lindo?

(Foto tirada com uma máquina digital comum)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Eles são sem nunca terem sido: protagonistas


A novela “Caminho das Índias” é um sucesso . Sei disso quando vejo as pessoas comentando sobre a novela, indo para casa rápido para não perder um capítulo e repetindo no dia-a-dia os bordões: Are baba, arrastar o sári no mercado, acender as lamparinas do seu juízo, etc. Não é um sucesso grandioso, desses que marcam uma época e se destaca, mas agrada e diverte. Eu gosto. No entanto nela acontece um fato que acho não foi previsto. Não existem protagonistas ou eles são tão apagadinhos que dá pena.





A história de Maya e Bahuan, os protagonistas Juliana Paes e Marcio Garcia, é muito sem graça e praticamente não existe. São personagens fracos, covardes, que não enfrentaram as adversidades que a vida lhes impõe e vivem a sombra do que acontece com os outros personagens. Existem tramas ótimas como a saga do Raul Cadore (Alexandre Borges) e família, que por si só já daria uma boa novela e a divertida Norminha (Dira Paes). O núcleo indiano é interessante, mas está se tornando repetitivo. No mais, o núcleo da lapa, o núcleo da clinica de doentes mentais, núcleo da massagista indiana e não existe muito mais. E os protagonistas? Bahuan só aparece de vez e quando e não tem uma história própria. Realmente o casal de atores, Juliana Paes e Márcio Garcia, não se acertou. Com Maya não acontece absolutamente nada. Capítulo a capítulo é sempre a mesma coisa e a história se arrasta. Surya (Cléo Pires), sempre invejosa sabendo do filho bastardo, criando confusão dá um certo alento, mas não segura o tranco como antagonista. Viva Ravi (Caio Blat), o filho mais novo de Opash (Tony Ramos), que pelo menos teve mais coragem que o irmão do meio, marido da Maya e assumiu o amor por Camila (Ísis Valverde) e enfrentou a família. No mais é a boa mão da Gloria Perez que como todos os autores, faz sempre a mesma novela (lembram do “O Clone”), trocando nomes e situações, mas a mesma novela. A diferença é que alguns, com mais competência conseguem fazer uma história mais interessante e que agrada mais ao público. Gloria Perez dessa vez não está sendo muito feliz.

Bem, “Caminho das Índias” se aproxima do final que é bem previsível. Vai ficar registrada como mais uma novela, sem grandes arroubos. O que vai marcar mesmo é que é uma novela com boas tramas paralelas que seguram a trama principal até o final. Quanto a Maya e Bahuan, foram o que nunca conseguiram
ser: protagonistas.

Obs: Eu tenho a honra de ter esse post publicado também no Blog http://euprefiromelao.blogspot.com/ de Vitor Santos como "post do blogueiro convidado".
Obrigado Vitor.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Momentos de felicidade

Neste final de semana eu fui à praia: no sábado com um amigo maravilhoso e no domingo com minha filha Camila e o Márcio o respectivo marido. Fazia mais de ano que eu não ia. Dias maravilhosos, lindos, de um azul profundo e uma temperatura ideal. Estamos em pleno inverno e eu ali, saboreando uma cerveja e conversando e deixando o tempo passar. Fico pensando como somos privilegiados por, em pleno inverno, estarmos ali saboreando o sol.

Sou capaz de chegar antes das dez da manhã e só sair depois das cinco, assim numa boa. Tudo me faz bem. Tenho uma pele que me faz pegar bronzeado rapidinho. Claro que me cuido, protetor solar, etc. Então, poucas vezes é suficiente para eu pegar um cor legal sem precisar ficar exposto. Por gostar de praia, em todos os lugares para onde viajo e que existe praia, sempre arrumo um jeito para ir lá, mesmo que seja só pra molhar os pés.
Acho que existe uma relação forte entre nós e o mar. Talvez a força que movimenta aquela massa enorme de água, as ondas indo e vindo, enfim vejo isso como uma energia boa que trás para nós uma espécie de energização. Sol também é para mim, na luz e calor, uma forma de energia que mal comparando funciona como o alimentador das minhas baterias de forças primárias. E as pessoas, bonitas com o corpo amostra, e que corpos! Você já pensou que não existe pessoas tristes ou chorosas na praia? Tá, isso é uma interpretação e sensação muito particular, mas já estive com pessoas que sentiam as mesmas coisas. Então é por isso, que ir a praia para mim traz um bem enorme.

Praia com pessoas queridas e uma forma de reforçar o relacionamento. Nos dois casos, filha e amigo, não é preciso nada, pois os laços estão bem fortes, no entanto, é a oportunidade de ver cada um como eles são. Como se na praia, paralelamente ao corpo, a alma estive um pouco desnuda.

Por que eu estou tanto tempo sem ir a praia? Não sei, mas sinto falta. Sinto muito mais a falta do ambiente e não sei como as pessoas, em alguns países, conseguem viver meses sem nenhum raio de sol e num frio de alguns graus centígrados abaixo do zero.
Tudo isso é só para mostrar que para que nós sejamos felizes é preciso muito pouco. São momentos de felicidade desse tipo que eu estou falando.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Serra do Caparaó - Pico das Bandeiras


Não sei como surgiu a idéia. Talvez o espirito aventureiro ou a oportunidade de ter conhecido amigos que já tinham subido o pico das Bandeiras na serra do Caparaó, enfim eu, meus filhos Carlinhos, Carolina e o namorado Renato, Camila, minha sobrinha Fernanda e o namorado Eduardo e Alisson, amigo do meu filho embarcaram nessa com entusiasmo. Minha ex-esposa com algum contra-gosto também participou junto com minha sogra que decerto não subiu pelo adiantar da idade. A idéia era subir o pico de forma a assistir o amanhecer lá do alto. Farra, aventura e novidade era só o que nos movia.

No momento certo, mês de junho, estavamos em Espera Feliz, cidade perto do início da subida, que ficava a aproximadamente 500 metros de altura. Dia seguinte fomos para Alto Caparaó (mil metros), onde fica o parque com o mesmo nome e onde a aventura ia se iniciar. Pegamos o guia e todos dentro de um Jipe (não sei como?) subimos até 1920 metros onde teria inicio a caminhada até um o lugar chamado Terreirão. De madrugada partiríamos do Terreirão e iríamos até o pico.

Brincadeiras, cantorias e piadas não duraram muito. O guia nos apressava pois tinha medo de anoitecer antes de chegarmos ao Terreirão. A vista era linda e ver os vales abaixo em escuridão enquanto ao longe o dia morria bem vermelho era de uma beleza única. Chegamos ao Terreirão junto com a noite. Um frio danado! Sentamos todos juntos, amontoados para conservar o calor. Um grupo de paulista nos revalizava. Consumimos as guloseimas que trouxemos e ainda ficamos com fome. Veio a má notícia. Estava chovendo e com chuva não haveria subida. Para mim a notícia não era de todo má. Confesso agora que eu dificilmente continuaria a subir. Estava muito cansado e teria que guardar energia para descer.

Infelizmente a chuva aumentou. Ficamos por ali mesmo e ao amanhecer descemos e fomos para Espera Feliz. Chegamos na hora do almoço e estávamos mortos de fome. Estávamos eufóricos pela aventura e isso foi assunto para conversas por muito tempo e até hoje.

Para mim a aventura não foi só farra e diversão. Foi superação, oportunidade de estarmos juntos e passando por momentos difíceis. Foi amor e amizade. Acredito que para todos também foi um pouco disso. Aventuras desse tipo não esquecemos jamais. No mais é relembrar esses momentos que não voltarão, pois se voltarem serão outros momentos e outras aventuras.
Eta trem bom!!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Não mate suas lembranças



Quando era mais jovem, tinha um tio que tinha sido muito rico e influente em uma cidade do nordeste. Aproveitou a vida como quis, teve poder, teve muitas mulheres (casou seis vezes) e teve vários filhos e só cuidou do último. Tempo passou, perdeu tudo e vivia sozinho em uma pensão do Estácio aqui no Rio. Alguns filhos o ajudavam e outros o odiavam.
Uma irmã dele, com posses, além de mantê-lo, sempre oferecia a oportunidade dele voltar e rever e passar pelos lugares onde ele tinha sido rei. Ele sempre recusava e não explicava o porquê. Era muito estranho para mim ele não aceitar. Eu não entendia a recusa e dizia que se fosse eu iria sem pensar.

Tempo passou, o tio morreu e vida que segue. Não pensei nisso até que um dia recebi o convite de um amigo para visitar uma empresa em que eu tinha trabalhado há muito tempo. Eu tinha sido gerente e tinha tido poder. Foram muitos anos trabalhando lá e grandes momentos felizes da minha vida estavam guardados na lembrança daquele tempo. Fui recebido com educação e atenção, mas eu era um total desconhecido. Os poucos amigos que ainda trabalhavam lá me receberam um pouco distante. O tempo tinha feito o seu papel. Algumas ações que eu tinha tomado na época eram hoje reputadas a outras pessoas.

Sai de lá triste. A visita matou muitas boas lembranças que eu tinha do tempo em que trabalhei lá. De imediato eu me lembrei do meu tio e entendi porque ele não quis nunca voltar. É, o tempo passa e nunca será possível voltar e viver um tempo que passou. Isso reforça em mim a idéia do viver intensamente cada minuto.

Não! Não sou saudosista. Vivo o meu tempo e repito algumas vezes que meu tempo é hoje. Boas lembranças, aquelas que não temos como reviver, concordam que devemos deixá-las onde elas estão? Acho que só assim podemos preservá-las e mantê-las na forma que elas são criadas e nos dando prazer em relembrá-las. E se tivermos que voltar, devemos ver aquilo como novas lembranças. Se não for interessante então não vá.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

CQC – Custe o que custar

Um pouco de televisão. Aproveito esse espaço para falar do CQC, programa da TV Bandeirantes que está fazendo sucesso entre nós, especialmente entre os jovens.


Desde o inicio gostei do programa. Embora tenha praticamente o mesmo objetivo do “Pânico na TV” da Rede TV, CQC é inteligente, consegue abordar os temas e personalidades de forma que não seja tão agressivo. Na verdade às vezes beira o agressivo sem o ser. É isso que talvez faça dele interessante. Classificado como programa humorístico é mais que isso, informando e principalmente, divertindo. É uma versão Argentina aqui na nossa terra. Nossos “irmãos do sul” mandaram muito bem .

A Bandeirantes usa o artifício de colocar no ar o CQC só após terminar a novela das oito da Globo. É apresentado por Marcelo Tas, tem em sua bancada Marco Luque e Rafinha Bastos. As reportagens ficam a cargo de Rafael Cortez, Danilo Gentili, Felipe Andreoli, Oscar Filho. Os quadros que mais gosto são: Top Five, Palavras cruzadas, CQTeste, CQC Investiga entre outros. Não, não é uma propaganda do programa. É apenas um reconhecimento por quem trabalha bem e um resultado que agrada desde o inicio e que já ganhou vários prêmios. É engraçado sem fazer força ao contrário dos similares.

Mesmo em se tratando de um programa premiado existem alguns pontos negativos. Marco Luque as vezes é um pouco “over”. Quando o programa é ao vivo surgem situações como nessa segunda quando Marcelo Tas, fazendo a chamada para a seleção do oitavo membro para o programa, falou um besteira que no final se tornou uma piada. Ponto para eles, mas podia não ser. Outro ponto é ler os créditos do programa ao seu final. Tem que ter olho rápido e curso de leitura dinâmica, no entanto perde-se o que os apresentadores falam ao final do programa. Muito ruim, além de ser um desrespeito aos profissionais. Isso pode melhorar.

Mas nada diminui o sucesso do programa que é excelente e caiu no gosto popular.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Você acredita nisso?


Você sabe qual é o meio de transporte mais seguro? Não? Não é o avião. É o elevador. Estatisticamente a possibilidade de morrer em acidente com elevador é praticamente zero. Para mim isso não vale. Não considero elevador meio de transporte. O segundo meio de transporte mais seguro é o avião, mas nos dias de hoje, quando em menos de dois meses três grandes acidentes de avião aconteceram e que mais de seiscentas pessoas morreram, fica difícil acreditar.

Como muitos sabem, amo aviação e faço de cada viagem uma nova experiência em voar. Conheço todos (sic, quase todos) modelos de avião comercial e posso contar as histórias dos mais famosos modelos desde a sua concepção. Quando estou voando, me sinto exatamente nas nuvens, não fisicamente. Apesar de tudo isso, sei muito bem que se aquele “bicho” aterrissar só um pouco de lado haverá possivelmente um incidente. É exatamente isso. Acidentes aeronáuticos dificilmente acontecem, mas quando ocorrem quase sempre um grande desastre está presente, ainda mais nos dias de hoje em que as aeronaves transportam cada vez mais passageiros. Milhares de pessoas morrem diariamente ao ano no Brasil nas estradas, muito mais dos que morrem em acidentes de avião e isso não causa grandes preocupações. Deviam!

Para quem tem medo, viagem de avião é uma tortura. Cada barulho estranho, cada movimento do avião nos deixa mais tenso ainda. As mãos suam e o rosto fica pálido. Alguns olham para os rostos dos comissários, querendo adivinhar se eles estão realmente calmos ou fingindo. Tenho uma tia que quando viajava de avião bebia muito (naquele tempo era servido vinho, cerveja, etc) e dizia que ficava mais alta que o avião. O que sei é que quando o avião toca o solo do nosso destino parece que um peso sai do nosso coração.

Não dá para deixar de viajar de avião nas nossas viagens de férias, negócios ou qualquer outro motivo. Que o avião é um meio de transporte seguro nós sabemos. Sabemos também que as empresas sérias tem uma atenção especial para treinamento e manutenção das aeronaves. Então vamos aproveitar nossas viagens com mais calma.

Se ajudar, podemos pensar que se não for o dia do piloto estaremos salvos. Aquela minha tia em época de muitos desastres não viaja nem a pau. Diz que não quer contribuir para as estatísticas, mas se a viagem for inadiável e você morre de medo só tem um jeito: viver intensamente cada dia para o caso de seu dia chegar você morre satisfeita. Brincadeirinha...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Houve uma Helena na minha vida.


Ela chegou devagar, desconfiada, olhando e examinando tudo com olhos atentos e luminosos. Ela veio de longe e logo me conquistou. De imediato estabelecemos um diálogo, embora não falássemos a mesma língua. Na verdade não era justo, pois ela me entendia quase completamente e eu não sabia uma palavra da língua que ela falava, mas mesmo assim batemos altos papos. Seu olhar curioso não deixava escapar nada em volta. Então ela foi ficando por ali, preenchendo meus minutos e horas completamente.

Em pouco tempo já estava íntima da casa e sabia onde ficava o que lhe interessava. No café da manhã adorava sucrilhos. Na verdade a qualquer hora do dia. Por vezes me fazia pergunta na sua língua com uma cara que me deixava intrigado. É que eu não sabia direito se era uma pergunta para saber se eu estava entendendo da forma que ela estava ou se ela estava só querendo se informar. Lembro da hora em que liguei a televisão pela primeira vez. Seu rosto irradiou uma alegria que não entendi. Olhava para mim e falava rápido o que parecia uma explicação do que via. Helena veio para ficar e para mim ela poderia ficar o tempo que quisesse.

Em uma manhã fria, não muito típica do Rio, ela se foi. Se foi assim como chegou, sem avisar. Olhou nos meus olhos e disse “tchau”, assim com sotaque nada carioca que só ela podia dizer e me beijou no rosto. Eu me segurei para não me emocionar. Minha última visão foi ela caminhando em direção ao taxi de mãos dadas com o pai. Parou, se voltou e deu adeus com aquela mãozinha. Enquanto o taxi se afastava e Helena com os olhos fixos em mim, não pude deixar de pensar quando seria a próxima vez que eu a veria. Talvez nunca, mas aquela menina que veio de longe, linda, meiga e ingênua iria crescer e talvez perder todo aquele encanto, mas na minha lembrança ela ficaria intacta. E eu ia querer que fosse sempre assim para não perder o encanto. “Tchau” Helena!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Tia Zitinha, oitenta anos!

Experiência única é poder reviver a saudade. Vivenciar nem que seja um pouquinho, de fatos que se recorda com grande carinho, como querendo que eles se tornem realidade, mas que bem sei ser bem difícil. Então quando isso acontece, mesmo que seja um lampejo, é uma grande satisfação.

Nos seu aniversário puder viver um pouco o passado. Logo eu que estou sempre falando que meu tempo é hoje, me peguei escutando histórias da minha infância, dos meus parentes e dos meus avós e me deliciando com tudo aquilo. Reunidos, três gerações ou mais, todos levados pelo seu oitenta anos, matriarca da nossa família, vi passar por mim imagens e lembranças que morro de saudade.


Desculpe, se a lembrança mais forte não seja o baile, a grande noite que foi linda e que foi linda muito mais por mostrar uma oitentona radiante de felicidade e prazer. Podia ver nos seus olhos, olhos de uma menina de oito anos, uma alegria sem limite, que parecia querer aproveitar tudo até o bagaço.

A lembrança mais forte é a reunião do dia seguinte, uma espécie de “enterro dos ossos” sem ser pois , as iguarias que há muito eu não provava, foi o pano de fundo para as conversas saudosas. Sim, o que ficou mesmo foi todos reunidos a contar histórias, lembranças de tempos idos. Não, eu não pensava que iria receber isso de presente.

Pude de forma real reviver as minhas lembranças e um medo forte me apossou. Quando eu poderia passar por uma experiência dessa outra vez? Não falo por você que para mim irá ultrapassar os cem anos, mas por mim que tenho a impressão, não serei tão longevo. Tranqüilo, pois saiba que eu enquanto estiver por aqui, meu tempo será sempre “hoje”, mas com muito gosto farei incursões ao passado para reviver outras saudades.

Talvez você não saiba, mas eu sempre te admirei e tentei ao meu jeito te imitar, ser um pouco você. Claro, quem não quer ser uma pessoa lutadora, que enfrenta a vida de cara lavada, às vezes até com medo, mas não deixando ele te dominar. Admiro muito a sua força, a sua capacidade de enfrentar os desafios, vencê-los e seguir em frente sem deixar de ser doce e dar amor a todos que precisava de você. Que os outros sobrinhos não me leiam, mas eu me considero o sobrinho predileto. Pensava que se eu fosse um pouco você eu seria muito. A sua vitória é um pouco minha.

E eu ali, sendo um pouco testemunha, mas com certeza um participante ativo de um pouco da sua vida. Vida que nos separou fisicamente, mas nos mantém juntos em pensamento. Poucas vezes me senti tão bem e fica a certeza que é preciso muito pouco para se ser feliz. Eu ali junto aos meus, bebendo das minhas raízes e sendo um pouco do que ficou pelo tempo.

Um beijo

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Estou de volta...

Bem, depois de muito tempo, acho que desde março desse ano, me afastei do blog, em função de várias atividades: estudar para concurso, um emprego provisório que me consumiu tanto fisicamente como mentalmente, viagem a Recife para aniversário da minha tia mais querida (delícia), viagem a São Paulo para ver/rever amigos, lugares e me divertir e mais recentemente meu aniversário, que esse ano foi desastroso. Conto tudo depois, um por um.

De volta, com muita coisa pra contar e com muita garra, daqui não saio, pelo menos por muito tempo, mesmo que ninguém leia. Quem sabe um dia.....

Agora é arregaçar as mangas e trabalhar. Arrumar as coisas da minha vida (divórcio, lance da minha casa nova, trabalho, etc) e seguir a minha vida que espero seja com quem eu amo e me faz feliz. De qualquer forma tenho certeza que um novo ciclo se abriu. Vamos lá, pois se ficar parado, vem alguém e passa por cima. Até....






sexta-feira, 20 de março de 2009

E a Azul chegou aí....


Para a alegria de muitos, tristeza de alguns e a sensatez de volta, a Azul Linhas Aéreas começa a voar de/para o Rio de Janeiro do aeroporto Santos Dumont. Todos que me conhecem sabem da minha paixão pela aviação e da minha luta pessoal por justiça de maneira geral.
Sei que é uma nova fase que se inicia e que a concorrência traga mais competitividade entre as empresas aéreas e gere ganhos para nós clientes.

A Azul é desde sempre a minha empresa aérea, senão pela minha cor preferida.

Eu acho que vou fazer uma loucura. Vou dar um pulo em Campinas, claro, voando pela Azul.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Amenidades automotivas

Navegando pela NET cheguei até o carro abaixo. Me apaxonei de imediato. O lindo carrinho, pequeno, conversível e rápido era o meu número e meu sonho de consumo. Claro que existem "vários" outros itens que estão na frente, mas quem sabe um dia....



Embora no site diga que é um carro adequado para as mulheres, não abro mão da minha escolha. Talvez seja o meu lado feminino. Não faz mal! O que sei é que ia curtir muito com esse carro.

Fico devendo o endereço do site. Fiquem a vontade para copiar.

segunda-feira, 9 de março de 2009

MEDO

Nunca tive medo de sair e me locomover nesta cidade do Rio de Janeiro. Sou uma pessoa que gosto do dia e da noite, mais da noite e ando muito. Casas de amigos, trabalho, cinemas, parentes, praias, bares, enfim vivo tudo que é me permitido.


De uns tempos pra cá, tenho sentido medo de sair. Pensei que poderia ser o avançar da idade, mas não é. Claro que não deixo de ir e vir, mas a escalada da violência está cada vez maior e estou me sentido preso. Os presos não deveriam ser os bandidos?

Me pergunto onde isso vai terminar?


O medo está dominando a população!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Moral da história

Duas sonhorinhas conversando:


- Izabel você precisa ir lá. É tão sossegado, não passa ninguém.

- É!

- A noite é tão silencioso que você ouve até os grilos cantando. Vamos passar uma semana lá. Você vai voltar recuperada.

- Nélia, eu gosto é de movimento. Eu gosto é de falatório e confusão. Se eu for pra lá com você eu vou é morrer.

Moral da história: Cada um com seu cada um.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Coisas que acontecem....

Tem certas coisas na vida que a princípio gostamos, achamos interessante, mas após alguns minutos começamos a não gostar e terminamos detestando. Por exemplo: Dança de Capoeira.

Pessoas em roda cantando e batendo palmas enquanto dois ou mais integrantes se movem no interior da roda ao som da música tocada pelo berimbau. Após alguns instantes começamos a cansar de bater palmas, achamos que os dançarinos parecem imbecis naquele gingado e não entendemos nada da letra da música. O melhor nesses caso é a famosa: “saída rápida pela direita”!
Pior é que uma vez viajei para Bahia e um amigo pediu para trazer um berimbau e eu trouxe. Terrível! Aquele troço não cabe na mala, não cabe no bagageiro do avião, não cabe em lugar nenhum e ainda temos que andar empunhando ele feito um troféu. Um transtorno. O “amigo” encostou o instrumento no canto da sala e ele está lá até hoje.

Pior do isso foi meu filho trazer de uma viagem aos EUA um taco de basebol. Pra quê? Ele nem sabe o que é isso! O taco tá lá no fundo do armário até hoje aguardando alguma serventia.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

TELEVISÃO - Kogut




Lendo a Kogut hoje, nas notas "10" e nas notas "0", me chamou atenção um fato que eu já tinha percebido. As notas "10" ela distribui para atores globais ou não, para cenas de novelas e programas. Certíssima na maioria das vezes a nota "10" contempla trabalhos bem feitos e de qualidade. Já a nota "0" na maioria das vezes é dado corretamente também, mas para fatos, cenas ou programas sem grande importância. Geralmente vai para canais a cabo e sem grande expressão. Programas da Sony, Universal, AXN, etc. Geralmente são notas sobre a péssima qualidade do som, das legendas ou até de não cumprir a programação. Certíssimo mas sem nenhuma contribuição.

Me parece que não quer falar "mal" de atores, programas ou fatos televisivos como a querer não ficar mal com ninguém. Situações dígna para nota zero existem como por exemplo, Bahuan na novela "Caminho das índias" está horrível. Márcio Garcia não conseguiu ainda o tom certo e nem vai conseguir. Na verdade ele é muito bom apresentando programas.

Claro que isso denota situações normais nos seres humanos. Ficar em cima do muro ou mesmo não expor suas idéias claramente é muito comum. No entanto eu quero distância de pessoas assim. Para ser meu amigo a pessoa tem que descer do muro, fazer escolhas, mesmo que isso signifique perder o amigo.

Bem, espero muito que esteja errado sobre as notas da Kogut, senão estamos perdidos.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Criando um blog

Madrugada de domingo de Carnaval e eu aqui criando um blog escutando/vendo as escolas de samba de São Paulo. Como são as coisas! Tanta coisa para fazer e eu escolhi estar aqui. São escolhas da vida que, todos nós, fazemos em algum momento. Sei que muitos, como eu, escolheram ficar afastados dos ditos “folguedos carnavalescos” e estão recolhidos em algum lugar. Outros estão se acabando por aí. Divirtam-se!

Aproveito então para atualizar minha lista de filmes, em especial para os indicados ao Oscar que estarão concorrendo mais tarde. Queria ter assistido todos, mas as minhas sérias restrições orçamentárias não permitiram. Assisti ao “O Leitor”, “Dúvida” e hoje “Quem quer ser um milionário”.


O Leitor






Dúvida


Quem quer ser um milionário.


Bem, isso talvez sirva para pensarmos como somos diferentes e ainda bem, senão o cinema não estaria cheio. Deveríamos aceitar mais as nossas diferenças. Isso até acontece em teoria, já na prática é bem diferente.

Vou estar por aqui, colocando um pouco as minhas opiniões e escutando um pouco vocês. Vamos ver no que isso vai dar.

Hã, se quizerem saber mais sobre esses filmes e outros tantos (críticas, opiniões, etc) por quem realmente entende, visite o blog http://www.cinemaetc.zip.net/ . No mais espero vocês por aqui!

Beijos